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António durval
Recordando a SONAFI
Recordando a SONAFI
MARIA DO CÉU
(Ou "Maria do Araújo")

Naquele dia e como era já o meu hábito, estava na paragem do autocarro onde esperava apanhar o 61 (era corrente fazer isso durante a minha reforma). De repente, aproximou-se alguém, que conhecia há muitos anos da Sonafi. Quando a vi logo lembrei-me daquilo que tinha entre mãos que era fazer este site.
"-Viva cara amiga. Tudo bem? "
"- Obrigada. Tudo bem. E o senhor Durval? Tem passado bem? "
"-Eu cá vou andando com alguma dificuldade. Mas vou indo.
Já agora foi bom encontrá-la!. Gostaria de um dia fazer-lhe uma entrevista para um site destinado à malta antiga da Sonafi. Poderá ser?"
"-Ok. poderá ser."
"-Era só para a amiga contar-me algumas coisas com interesse, que se possa lembrar, que tenha ocorrido nesse espaço onde trabalhou bastantes anos."
No entanto, ela avançou logo um pouco mais:
"-Eu era conhecida não por Maria do Céu, mas como Maria do Araújo já que eu morava no lugar do Araújo em Leça do Balio. Se falar com alguém terá de dizer que era a Maria do Araújo. Já agora conto-lhe uma passagem que nunca mais me esquece: como sabe eu trabalhava nos acabamentos. Um dia eu estava no meu trabalho, mas parei para comer uma sande que tinha no bolso. Parei, portanto o meu trabalho e estava já a comer a sande quanto alguém me toca no meu ombro. Olhei para trás e dou com a cara do meu patrão - o Engº. Macedo. Fiquei mesmo algo incomodada e parei de comer. Ele, porém disse-me: "-Não pare de comer. Continue."
"-Passados três dias apareceu no quadro de informações ao pessoal uma nota da administração da empresa dizendo que a partir daquela data os operários podiam dispor de 10 minutos para lanchar ou fazer qualquer outro serviço de descompressão que necessitassem."
Ainda hoje procuro encontrar-me novamente com esta amiga, mas ainda não calhou de a ver.
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